O veÃculo e a estrada são como um casal. Basta um estar mal disposto, para que não se chegue a lado nenhum...
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Ela pode até estar lisa, sedosa e aderente, mas a ele não lhe apetece acelerar, ... hummm, nada feito!!!
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Pelo contrário, ele pode estar cheio de vontade de acelerar, mas se ela não colabora... hummmm!!! Nãaaaooo! Não vai dar...
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É aqui que eles aproveitam para dizer: A culpa é dela! A culpa é dela!
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Bom!!! É o que eu digo ... mais uma destas e põe-me um processo em cima...
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Vamos lá!!!
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Porque é que só quando ele e ela estão em condições, a condução é segura....? (juro que esta não foi com intenção ...!!!)
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Imagine que circula numa zona com muita vegetação - muitas árvores a circundar a estrada. Se assim for, é bem provável que, durante a noite, quando a temperatura baixa, apareça alguma ou muita humidade (independentemente da estação do ano) - dependendo das zonas, obviamente.
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Basta esta condição para o colocar em imediata situação de perigo. Há-de notar que o seu carro parece flutuar/deslizar na estrada, em vez de lhe transmitir aderência/segurança. Neste caso, há que moderar de imediato o ritmo de andamento.
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Imagine agora que a estrada é muito irregular - cheia de remendos no asfalto e raÃzes de árvores introduzidas no subsolo. Se for o caso, quanto mais depressa andar, maior o risco do seu carro se manter instável - vai saltitar imenso e os pneus vão "tocar mal" o chão, perdendo aderência e segurança. Pior ainda se tiver pneus de baixo perfil. Como o pneu é o primeiro elemento da suspensão, quanto mais baixo o perfil, menor o seu volume de ar interior, menor a sua flexibilidade, logo, maior o risco do veÃculo saltar e perder repentinamente a trajectória desejada.
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Quando conduz, costuma reparar nas caracterÃsticas do traçado?
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Há estradas sinuosas que parecem perigosas e difÃceis de debelar e, por vezes, passados alguns quilómetros, concluÃmos que apresentam nÃveis de segurança muito aceitáveis. Contraditoriamente, por vezes, grandes IP´s e Auto-Estradas aparentam ser tapetes largos e presumivelmente fáceis de percorrer, inspirando uma confiança "pouco merecida" nos condutores. Basta a inclinação lateral das curvas ser inversa (como se diz na gÃria - ter o relevé ao contrário), serem desmesuradamente prolongadas, ou criarem grande aceleração lateral nos veÃculos - e o perigo pode espreitar.
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Conheço pessoas muito bem intencionadas e disciplinadas na sua condução, que já foram surpreendidas por "armadilhas" deste tipo.
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Para conduzir em segurança não basta ter um bom veÃculo e um bom condutor. É preciso ler as condições que as vias nos oferecem!!!